Brasil e Israel de mãos dadas
O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, convidou Jair Bolsonaro (PSL) a viajar a Israel, em retribuição à visita que o chefe de governo israelense fez ao Brasil para a posse do presidente eleito em 1º de janeiro. Bolsonaro, que aceitou o convite, disse que fará a visita até março do ano que vem. Os dois líderes se encontraram nesta sexta-feira (28) no Forte de Copacabana, no Rio, horas depois do desembarque de Netanyahu na capital fluminense.
Mais tarde, em evento na sinagoga, Bolsonaro chamou Netanyahu de "exemplo de patriotismo, abnegação e trabalho pelo seu povo", "um capitão como eu, mas com história de serve de exemplo para todo cidadão de bem".
"Eu sempre citava o exemplo de Israel. Olhem o que eles não têm e vejam o quem eles são. Agora olhem para o Brasil e vejam o que nós temos e o que nós não somos. O que nos falta é a fé, é a vontade de querer acertar, é se aproximar de bons países, é buscar parcerias e acordos", afirmou.
"Mas, com Israel, vai ser um pouco além disso. Nós seremos mais do que bons parceiros, nós seremos irmãos."
A pequena rua Capelão Álvares da Silva, que sedia a capela Lehilat Yaacov, em Copacabana foi interditada. Um forte esquema de segurança dos dois países amparava os dois líderes. Poucos jornalistas, selecionados previamente pela embaixada e cinegrafistas em sua maioria, participaram do evento.
O restante da imprensa ficou na parte de fora. Houve uma palestra, discursos de ambas as autoridades e orações. Netanyahu escolheu falar em hebraico e foi traduzido pelo rabino Eliezer Stauber.O intenso esquema de segurança na sinagoga inclui um sniper (atirador de elite) e o COT (Comando de Operações Táticas), grupo de elite da Polícia Federal que foi deslocado especialmente de Brasília para fazer a segurança do presidente eleito e de Netanyahu.
O clima estava "maravilhoso e sensacional, um clima de harmonia absoluta e de um carinho recíproco entre as partes, contentes umas com as outras. Isso é muito bom para os dois países", nas palavras de Boris Sender, frequentador da sinagoga.
De acordo com ele, Netanyahu disse, em hebraico, que "o Estado de Israel, sempre, ao longo da história, esteve desprotegido. Desde o tempo do faraó. É que a oportunidade de vir ao Brasil somente agora se cristalizou e assim se criou a oportunidade de uma primeira linha político-governamental".O encontro terminou com um aceno de ambas as partes: "No ano que vem a gente se encontra em Jerusalém"
Fonte: UOL