Um Ano de Dor e Esperança
Há um ano, Israel enfrentou um dos momentos mais sombrios de sua história recente. O ataque terrorista do Hamas, marcado por violência e destruição, deixou cicatrizes profundas no coração de sua nação e de seu povo. Muitos israelenses continuam a viver a angústia de ver seus entes queridos ainda em mãos inimigas, prisioneiros de um conflito que parece não ter fim. A dor das famílias que aguardam ansiosamente por notícias de seus reféns é uma ferida aberta. Foram mais de 1.200 pessoas assassinadas, mais de 250 pessoas sequestradas e reféns até hoje.
Neste cenário desafiador, Israel mais uma vez celebra a Festa dos Tabernáculos, ou Succot, um período que, simbolicamente, fala de proteção, provisão e a presença de Adonai com o seu povo. A tradição de Succot remonta aos tempos bíblicos, quando o povo de Israel, durante sua jornada no deserto, viveu em cabanas (sukkot), sempre sob a proteção divina. As cabanas frágeis, feitas de galhos e folhas, não representavam apenas abrigo temporário, mas também uma lembrança constante de que a verdadeira segurança vem de Deus, o guardião de Israel.
Hoje, em meio a uma realidade dolorosa de guerra, insegurança e reféns que ainda não retornaram, Succot ganha um significado ainda mais profundo. Assim como no deserto, o povo de Israel clama por proteção, não apenas física, mas também espiritual. Eles confiam que, apesar das circunstâncias sombrias, Deus continua sendo o seu refúgio, sua fortaleza inabalável em tempos de tribulação.
A história de Succot é uma lembrança poderosa de que, mesmo nas adversidades, o Senhor está presente, guiando, sustentando e trazendo livramento. Assim como Ele foi com o povo de Israel no deserto, protegendo-os de seus inimigos e oferecendo provisão diária, hoje também Ele está ao lado de cada família que chora pela ausência de seus queridos. A cabana de succá, com seu teto aberto para o céu, convida os corações a olharem para o alto, esperando com fé que o livramento virá.
Neste primeiro ano desde o ataque, o chamado é para que todos os que amam Israel se juntem em oração e intercessão, confiando que Adonai está agindo, mesmo que os olhos naturais ainda não possam ver. A esperança permanece viva, porque Adonai é o Deus que liberta, que guarda e que nunca abandona o Seu povo.
Enquanto as cabanas frágeis de Succot continuam a ser construídas em cada lar israelense, a oração é que a paz volte a reinar sobre a Terra Santa e que cada refém volte para os braços de seus familiares, testemunhando o poder de Deus que sempre foi, é, e será a proteção de Israel.